NOSSA HISTÓRIA

A aceitação da missão de Angola foi o resultado dum processo que já vinha de longe. A fundação verbita em Portugal teve como preocupação primária a formação de missionários para a acção evangelizadora da Igreja. Os campos de prioridade missionária, dentro da melhor tradição da Congregação, tinham sido sempre assumidos após petição expressa dos organismos centrais da Igreja ou de igrejas locais. Esse espírito de abertura não excluía de todo em todo qualquer território. Circunstâncias várias vieram apressar uma decisão que se tornou quase inadiável: a assunção dum espaço de evangelização no antigo ultramar português.
Desde os primeiros meses do início da fundação no Tortosendo (Portugal), já o Pe. Caio de Castro, ao intentar reconhecimento e isenções fiscais, se vê confrontado com a delicada questão da não presença da Congregação em terras do ultramar. Disso informa Roma e dá a entender as conveniências objectivas da abertura, num futuro próximo, duma missão num dos territórios ultramarinos. No fim do ano de 1964, o P. Adolf Spreti, assistente geral, encontrando-se de visita às nossas missões do Congo, incluíra também no seu périplo uma deslocação a Angola e Moçambique. Apreciaria localmente da viabilidade da deslocação da Congregação para aqueles territórios.
Uma vez em Angola, é-lhe proposto pela diocese de Luanda uma zona de periferia, carente de assistência religiosa e evangelização; com  
esse dados em mão regressa imediatamente a Roma e propõe ao Conselho Geral a assunção daquele território missionário. No ano seguinte, o Pe. Spreti, de visita a Portugal (19 de Fevereiro até meados de Março de 1965), abordou esse projecto com os responsáveis da Região portuguesa. O acolhimento positivo que de todos recebeu, deixou-o optimista.
Meses mais tarde, destinam-se já para aquele território um missionário experimentado do Congo, o brasileiro Pe. Elírio dal Piva e o Pe. Wilson Alves, também brasileiro, que estava a terminar o curso de Teologia na Alemanha, em Santo Agostinho.
Mas no mesmo ano o Pe. Elírio tinha as férias na sua terra natal. Antes ir as férias ele visita a Luanda e conhece o local da missão na região da Terra Nova.
O dia 20 de Março de 1966, foi a data aprazada para a cerimónia da entrega da cruz missionária aos dois confrades que iriam dar início à miss
ão de Angola (Luanda). Tudo foi preparado cuidadosamente. Para presidir, foi convidado o núncio apostólico, Mons. Maximiliano de Furstenber; convidara-se igualmente um antigo missionário verbita de Moçambique, posteriormente ordenado bispo no Brasil, D. Manuel Konner, assim como o bispo de Leiria, D. João Pereira Venâncio.Nesse dia concentrou-se praticamente toda a Região em Fátima. Vieram também os alunos das outras casas. As liturgias, acompanhadas por guiões apropriados, tiveram uma participação apreciada. Os espaços comuns do Seminário engalanaram-se com painéis alusivos à Congregação e à Missão de Angola.
Três dias depois, no dia 23 de Março, tomava o Pe. Elírio o avião com destino a Luanda. Um pouco mais tarde, no dia 27 de Abril, embarcava no “Infante D. Henrique”, o Pe. Wilson Alves com o mesmo destino. Com a presença destes dois missionários, a missão angolana teve uma evolução positiva. A diocese de Luanda atribuiu-lhes a zona da Terra Nova, Cazenga, Ragel e Mosseques. Foi dessa forma que a Região portuguesa se estendeu às longínquas terras de África. Até ao fim da década, a missão será reforçada com a ida doutros missionários de Portugal: Pe. Brito, Pe. Américo Gonçalves Ribeiro, Frt. Ma nuel Felgueiras e Ir. Gerardo Gaspar Esteves. Nos primeiros meses de 1974, antes do 25 de Abril, abriu-se ainda a missão de Caungula, distante de Luanda cerca de 800 km. Após o 25 de Abril de 1974 e o processo de descolonização que irá levar progressivamente à independência das antigas possessões ultramarinas, as missões de Angola serão afectadas na transição daquela mudança política. Por acto administrativo, entendeu a Cúria Geral fazer depender aquelas duas missões (Luanda e Caungula) directamente do Generalato. A nova situação jurídica não abalou a ligação natural que de Portugal se continuava a manter com aquelas missões e confrades; decorrente disso, e também por vontade expressa do Generalato, o financiamento das despesas correntes daquelas zona missionária continuou a ser suportado pela Província portuguesa. Essa situação manter-se-á até à constituição da Província angolana no Ano de 1993.
O Pe. José Eguizábal Garcia foi nomeado o primeiro Superior Provincial. Desde então passaram muitos missionários da Terra de Angola e também foram abertas muitas paróquias/missões tais como; Paróquias de Cristo Rei, Santa Madalena, São João Baptista, Paroquia S. José Freinademetz, Paróquia do Verbo Divino, Santuário de Kifangondo, N´zeto, Tomboco, Kakolo, Kakulama, Kaungula e a Missão de Sendi.
Neste momento, os Missionários do Verbo Divino trabalham nas paróquias, nas missões, na formação, na educação, na animação missionária, na promoção vocacional, na saúde, crianças desfavorecidas etc.
 

                              

 
 

 

VISÃO:

A situação actual de Angola é de paz, reconstrução nacional e crescimento económico. No entanto, o nível de vida continua muito precário para a maioria, devido à corrupção, ao roubo, ao desperdício do erário público, à impunidade, à falta de oportunidades, ao analfabetismo, etc. estão a surgir novos desafios sociopolíticos e religiosos, tais como: a democracia incipiente, a participação nas decisões sociais por parte do poder civil e o crescimento de várias denominações religiosas, bem como os fluxos migratórios com a presença crescente do Islão.

Nós, Missionários do Verbo Divino, partilhando a nossa vida e missão intercultural em Angola, sentimo-nos encorajados pelo carisma do nosso Fundador, Santo Arnaldo Janssen, encorajados pelo zelo missionário de São José Freinademtz, somos chamados ao diálogo profético que é uma reflexão de bondade: criador, salvador e vivificador do Deus Triúno.

 

COMPROMISSO:

A nossa identidade Verbita baseia-se no Mistério Trinitário: sentimo-nos chamados pelo Pai, enviados pelo Filho e inspirados pelo Espírito Santo a viver a nossa vocação religiosa e missionária em comunhão fraterna, formando comunidades internacionais e interculturais, inseridos na Igreja local e guiados por uma experiência profunda de Deus, através do poder do Espírito Santo, anunciando vida nova em Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. Conscientes dos nossos dons e limitações, procuramos destacar as quatro dimensões características da nossa ação missionária (Pastoral Bíblica, Animação Missionária, Justiça e Paz e Integridade da Criação e da Comunicação) permanecendo abertos a novos desafios.

 

Queremos ser e estabelecer pontes no diálogo profético entre:

• As diferentes classes e etnias

• Novos movimentos religiosos

• Classe rica/e dominante e com os pobres/marginalizados

• Pacientes com AIDS e tuberculose e sociedade em geral

• Diferentes faixas etárias

 
 
 
Privilegiamos os lugares de Diálogo:

• Na promoção de leigos e voluntários centrados nas nossas dimensões características

• Nos Institutos de Vida Religiosa e Apostólica que trabalham conosco

• Na educação e no ensino

• Na comunicação e nos meios de comunicação de massa.


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